Após os resultados da primeira votação, é hora dos partidos Lula (PT) ou Bolsonaro (PL) mostrarem seu apoio na disputa pela presidência da república para 2023.
O PDT (Partido Democrático Trabalhista), cujo representante Ciro Gomes, sinalizou possível apoio ao ex-presidente Lula se algumas propostas fossem retomadas pela campanha do PT.
No domingo, após a contagem dos votos, Ciro Gomes disse que precisava de tempo para declarar seu apoio a qualquer um dos candidatos.
Incorporação de propostas do PDT
Carlos Lupi, presidente do PDT, falou sobre uma conversa com Gleisi Hoffmann, presidente do PT, sobre a incorporação de três propostas de Ciro Gomes pela campanha do candidato Lula.
As propostas em questão dizem respeito ao plano de renda mínima, ao projeto de educação em tempo integral e à dívida do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).
Segundo a informação, o presidente do PT já havia confirmado a inclusão de propostas de Ciro na campanha de Lula via Whatsapp.
A declaração oficial de apoio ao PT na corrida presidencial pedestre ainda não foi anunciada.
Dívida zero no SPC
Um dos pontos da proposta eleitoral de Ciro Gomes tratou da questão da dívida da SPC e da Serasa. Se eleito, disse o pedetista, pagaria as dívidas de milhões de brasileiros.
Para tanto, Ciro defendeu financiamentos de longo prazo e juros baixos para todas as pessoas devedoras da Serasa e do SPC.
Hoje existe a oportunidade de renegociar a dívida da SPC para pequenos grupos. A ideia de Ciro Gomes é abrir essa possibilidade para todos os brasileiros negativos.
Questionado se Ciro concordaria em apoiar o candidato Lula, Lupi diz que é improvável que o pedetista vá contra o partido.
A redução da dívida brasileira já foi proposta no plano de governo de Ciro Gomes nas eleições presidenciais de 2018.
Brasileiros endividados no SPC e Serasa
Segundo levantamento da Serasa, mais de 66 milhões de brasileiros estavam inadimplentes em maio deste ano, o maior número desde 2016.
Um levantamento recente da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) mostrou que cerca de 78% das famílias estão endividadas e 29 estão em atraso, ou seja, em atraso. Os números representam um recorde histórico desde o início do estudo, em 2010.
De acordo com os cálculos feitos, cada consumidor negativado deve em média R$ 3.500 na soma de todas as dívidas.
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